segunda-feira, 25 de julho de 2011

Lentes

O tempo em sua eterna inquietude, engole trechos de vida desfocando nossos horizontes com a vista cansada somos quase que obrigados mudamos nossas lentes, mas nunca conseguimos ter a mesma visão, a óptica do mundo muda distorcendo conceitos e desigualando idéias antes tão consistentes.
Sem defeito na lente começamos a reparar em caminhos encobertos pelas sombras, e a rapidez velha do tempo nos gera ciclos de revoltas neste mundo escuro e sujo onde nos encostamos no grande vicio da esperança onde nos traímos com o gosto amargo das decepções.
Damos um porre a menos sem conseguir respirar, vivendo entre a fúria e a folia em busca de caminhos conexos e sempre sendo atrapalhado pelo tempo, sem saber o que fazer com esta eterna solidão, neste eterno inferno, neste eterno descanso abre-se um imenso e profundo espaço para duvidas e incertezas
A vista reflete um horizonte que se alarga no correr da lente, a distancia se torna um açoite e fica tão triste ver quilômetros por hora, vendo que os minutos se arrastam a noite inteira e é com metros por segundo que iludo, sonhos vem e vão entre pesadelos e terrores noturnos neste deserto prolongado que me sobrou sem você a meu lado esperando sempre o futuro chegar mais cedo para te encontrar.

domingo, 17 de julho de 2011

Anjos

Anjos... criaturas de beleza delicada que possuem um brilho forte da inocência e virtude. São eternos autores de fenômenos miraculosos, e mesmo assim sumiram na descrença da humanidade.

Sua missão sempre foi de longe ajudar os seres de materia a se aproximar de Deus, não sua missão sempre foi muito além... ele tenta aproximar o homem de si mesmo.


Todos nós temos um anjo!!! e este guardião nunca tem uma forma logica, um dia pode ser um Velho no outro uma menina sua forma, as vezes mesmo sem saber que são anjos.

Podemos negar que nossos guardiões existam e nos convencer que não são reais, mas eles aparecem de qualquer jeito as vezes nos lugares e horas mais estranhos, não para lutar nossas batalhas vem somente para nos inspirar.

sábado, 16 de julho de 2011

The Mystery of our Day - The Reign Of Kindo

The Mystery Of Our Day - O mistério do nosso Dia

The world is just a playing field for man
O mundo é apenas um campo de jogo para o homem
And the blanket sky will cover every last event
E o céu cobertor irá cobrir todos os eventos última
From the battles of the ages to the baby sleeping tight
Das batalhas de todos os tempos para o bebê dormir apertado
I could sing a rhyme and try to
Eu poderia cantar uma rima e tentar
Find the reasons for each place and time
Encontrar as razões de cada lugar e tempo
To wrap the world around my mind, but I know at best...
Para embrulhar o mundo em torno de minha mente, mas eu sei que na melhor das hipóteses ...
Words were never meant for
Palavras nunca foram feitos para
Explaining the mystery of our day
Explicar o mistério do nosso dia
We're so afraid of what's at stake when we die
Estamos com muito medo do que está em jogo quando morremos
Still I never wanted to live in such fear of the unknown
Ainda que eu nunca quiz viver com tanto medo do desconhecido
Or the reasons for pain in this life
Ou as razões para a dor nesta vida
I still wonder what we're doing here
Ainda me pergunto o que estamos fazendo aqui
As I stare into the midnight sky, confronted by my fears
Como eu olho para o céu à meia-noite, confrontado com os meus medos
Is there something worth redeeming
Há algo digno redentor
In this old and tired world?
Neste mundo velho e cansado?
Or has all been lost,
Ou tudo foi perdido,
Because every change will have its cost
Porque cada mudança terá seu custo
and I can see there's still an ember
e eu posso ver que ainda há uma brasa
Left of something good.
Esquerda de algo bom.
I know at best...
Eu sei que na melhor das hipóteses ...
Words were never meant for
Palavras nunca foram feitos para
Explaining the mystery of our day
Explicar o mistério do nosso dia
We're so afraid of what's at stake when we die
Estamos com muito medo do que está em jogo quando morremos
Still I never wanted to live in such fear of the unknown
Ainda que eu nunca quiz viver com tanto medo do desconhecido
Or the reasons for pain in this life
Ou as razões para a dor nesta vida
I could sing a rhyme and try to
Eu poderia cantar uma rima e tentar
Find the reasons for each place and time
Encontrar as razões de cada lugar e tempo
To wrap the world around my mind,
Para embrulhar o mundo em torno de minha mente,
But I'd regret the time poorly spent
Mas eu lamento o tempo mal gasto
Because I know at best...
Porque eu sei que na melhor das hipóteses ...
Words were never meant for
Palavras nunca foram feitos para
Explaining the mystery of our day
Explicar o mistério do nosso dia
We're so afraid of what's at stake when we die
Estamos com muito medo do que está em jogo quando morremos
Still I never wanted to live in such fear of the unknown
Ainda que eu nunca quiz viver com tanto medo do desconhecido
Or the reasons for pain in this life
Ou as razões para a dor nesta vida

the reign of kindo

The reign of kindo é uma das melhores sonoridades que escutei nestes últimos tempos. As musicas Mystery o four Day e Let It Go são fantásticas, desde o toque clássico do piano passando pela guitarra a La surf music e bateria rítmica. O som que eles fazem é de alta qualidade, com o piano se destacando em todas as músicas, mas sem roubar a cena. As letras criam cenários, idéias e histórias de reflexão. O vocal é gostoso de ouvir. O som nos passa uma atmosfera que nos desliga um pouco do mundo real. È uma das poucas bandas que conseguem a mistura do rock progressivo, indie e Jazz.


Let It Go
Don't know what I'm thinking,
But I can tell that something's different tonight
These moments I can't talk about,
But I recall the joy I felt with such delight

I know that my heart's been here before,
But my mind could never find the words to say
How feeling so small yet so adored,
It takes me away

And I don't believe that I could let it go
I can't believe that I would let it go

How weary had my heart become
How far-gone had my perception lost its sight
As bleak as I could see my life;
Simply worthless, yet pursued with endless strife

It seems right to bear my own shame,
But the mystery remains
Despite all the world, we are haunted
By something we can't explain
Like a whisper in our ear
That just wants for us to hear a word of grace

Don't let it go.

Let It Go (Tradução)
Não sei o que estou pensando,
Mas posso dizer que algo está diferente hoje a noite
Esses momentos dos quais não posso falar,
Mas eu me recordo a alegria que senti com tanto prazer

Eu sei que meu coração já esteve aqui antes,
Mas minha mente nunca poderia achar as palavras para dizer
Como um sentimento tão pequeno, porém tão adorado
Me leva pra longe

E eu não acredito que eu pude deixá-lo escapar
Eu não acredito que eu o deixaria escapar

Quão esgotado meu coração tinha se tornado
Há quanto tempo minha percepção perdeu o foco
Minha vida tão desolada quanto eu a enxergava
Meramente sem valor, embora buscada com infindo esforço

Parece correto sustentar minha própria vergonha,
Mas o mistério permanece
Apesar de todo o mundo, nós somos atormentados
Por algo que não sabemos explicar
Como um sussurro em nosso ouvido
Que só quer que ouçamos uma palavra de graça

Não deixe escapar.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Agonia

Minha amada sua ausência me mostrava um grandedeserto de areia e sombras, as sombras do mundo passavam por mim e não havia asombra em ti, senti medo de ver sua presença se distanciando a cada passo quedava, foram inumeras caminhadas sem noite em minha angustia buscava a paisagemcalma de sua fronte, sem saber que aos poucos definhava. A perturbação dossentidos me levam cada vez mais à lividez, a medida que o tempo andava ficavamais tudo tomavam formas monstruosas e sem vida, uma secura na língua fezesquecer o doce mel de seus labios, procurava seu ser sem saber que criava ummar de prantos a cada vez que lhe via nas sombra e em um segundo olhar e via que seu corpo eradunas que eram desfeitas pelo vendaval que passara...Eu estremecia agonizando e procurava me erguer, mais na fraqueza do pulso era asimples forma do coração demonstra seu desgosto, extinção calor animal de fora para o centro.

A respiraçãoespaçada em longos segundos difícilmente era percebida, e cada suspiro parecia sero último, a morte em vida se torna um paradoxo . A agonia se mutaciona detranqüila à agitada por movimentos convulsivos, violentose finalmente o delírio passa de contínuo a intermitente. Um período deaparente serenidade precede o termo final. Depois foi o sono, o escuro, a mortee novamente a vida, finalmente o suspiro de vida que vinha de seus labios, quando despertei tudo era claro e você tinha brotado novamente

sábado, 2 de abril de 2011

Analise de "Codinome Beija Flor"-Cazuza

Codinome Beija flor (Reinaldo Arias, Cazuza e Ezequiel Neves)


Esta música extremamente linda tem como tema o termino de um relacionamento e tentativa de amizade, nunca consegui definir se esta musica havia sido escrita para Frejat em sua saída do Barão Vermelho ou a Ney Matogrosso em seu romance:


Pra que mentir \ Fingir que perdoou \ Tentar ficar amigos sem rancor \ A emoção acabou \ Que coincidência é o amor \ A nossa música nunca mais tocou. Neste trecho temos o termino de um relacionamento se olharmos por outra visão, podemos verificar que também pode mostrar a saída da banda ainda mais na parte em “A nossa música nunca mais tocou” que pode estar relacionada à música “Bete Balanço” que foi o seu grande sucesso junto ao Barão Vermelho. Pra que usar de tanta educação / Pra destilar terceiras intenções / Desperdiçando o meu mel / Devagarinho, flor em flor / Entre os meus inimigos, beija-flor Nesta parte temos a questão na sociedade/mídia, o uso do chamado “fazer o social”. Podemos visualizar isso também como usar a imagem perante a mídia para desfazer a briga entre Cazuza e Barão vermelho e no trecho “Desperdiçando meu mel \...\ entre meus inimigos, Beija Flor” acredito que se trate do desgaste da imagem perante a critica em torno do artista. Eu protegi teu nome por amor / Em um codinome, Beija-flor / Não responda nunca, meu amor (nunca) / Pra qualquer um na rua, Beija-flor Ai vemos a questão do resquício de amor e respeito. O codinome “Beija-flor” tem apologia a um personagem de novela da época. Que só eu que podia \ Dentro da tua orelha fria \ Dizer segredos de liquidificador Podemos entender que somente ele poderia fazer promessas para quebrar a frigidez, no trecho “Dizer segredos de liquidificador” é interpretado também como o uso da língua na orelha. Outra vertente de analise para este trecho seria falar seus segredos que na verdade já eram sabidos pelo mundo. Você sonhava acordada \ Um jeito de não sentir dor \ Prendia o choro e aguava o bom do amor \ Prendia o choro e aguava o bom do amor Neste final vemos o típico termino de relacionamento no qual o “mundo conhecido” termina e após esta fronteira temos inúmeros caminhos a seguir, sem se saber qual caminho seguir, os menos tortuosos, onde estão atalhos e quais são desvios. É o momento em que um piscar de olhos tudo se transforma e so resta os momentos bons que passaram, o “bom do amor”

Bruno Amaro

domingo, 20 de março de 2011

Analise da Musica "Geração Coca Cola"

Quando nascemos fomos programados / Pra receber de vocês / Nos empurraram com os enlatados / Dos U.S.A., de nove as seis
Acredito que os jovens de hoje vem dia continuam sendo essa dita “geração coca cola” mais do que éramos considerados… pois agora mais que nunca a juventude vem cuspindo em cima da sua própria cultura e aderindo aos padrões norte americanos de vida. Somos os filhos da revolução de uma era mais fazemos o que para mudar?

Desde pequenos nos comemos lixo / Comercial e industrial / Mas agora chegou nossa vez / Vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês
Como cuspir de volta todo esse lixo despejado desde nossa infância… como lutar contra esse imperialismos americano, pois o mesmo enferruja nossos sonhos e nossos corações. Como gerar o nacionalismo após décadas de injecção de conceitos, somos brasileiros não americanos, porém somente recentemente começamos a injectar heróis (na verdade Anti-heróis) como o Capitão Nascimento, usando o mesmo conceito usado pelos americanos nas décadas de 80 e 90 com o Rambo, Bradoc, entre muitos outros.

Somos os filhos da revolução / Somos burgueses sem religião / Somos o futuro da nação / Geração Coca-Cola
Na óptica de Renato Russo o sistema Capitalista o qual fazemos parte, não serve para a conjectura esplanada em conceitos do Marxismo, mais em termos concordo com o conceito de que o capitalismo em que vivemos é um sistema cheio de falhas, exportamos matéria prima com preço baixo e comprando com preços altíssimos o quê eles fizeram com ela. o quê ele fala parece mais com a ideia de Karl Marx que buscava a igualdade social, este conceito não existe temos muitas aspirações diferenciadas, logo não acredito nesta tal “igualdade” aplicada somente nas ideias de Marx, contudo acredito no conceito de igualdade civil em que todos tem acesso em direitos e deveres. Outra vertente de analise é a COCA e COLA usada pela burguesia sem religião.

Depois de 20 anos na escola / Não é difícil aprender / Todas as manhas do seu jogo sujo / Não é assim que tem que ser
Neste ponto acredito que ele esteja se referindo aos “revolucionários de sofá” descriminados acima como “burgueses sem religião”, pessoas que acham bonito vestir a camisa do Che Guevara que o papai(empresário), deu de presente no natal para o filho se achar mais socialista. Mas que no final acaba se tornando o empresário capitalista como o pai.

Vamos fazer nosso dever de casa / E aí então vocês vão ver / Suas crianças derrubando reis / Fazer comédia no cinema com as suas leis
Neste ponto a profecia do Apocalipse se cumpriu lula ganhando de FHC e o que era a esperança de salvação virou comédia com as leis e até virou cinema Lula o Filho da Puta... ops... O Filho do Brasil

Bruno Amaro

sábado, 12 de março de 2011

Seu Lunga!!!

Seu Lunga é o cabra mais ignorante do mundo. Ele não tem muita paciência com nada. Aqui no Nordeste, sua fama se espalha devido a histórias como essas:

"Lunga estava tirando goteiras, defeitos das telhas de sua casa, um curioso passou e perguntou: Tá tirando as goteiras seu Lunga? Ele responde: Tô não, tô é fazendo - e ai saiu feito louco a quebrar as telhas."
***
"Uma certa vez dando uma surra em um dos seus filhos, quando ainda pequeno o menino gritava: Tá bom pai, tá bom pai, pelo amor de deus, tá bom!!!!! Lunga responde: Tá bom? Que legal! Pois quando tiver ruim diga que eu paro."
***
"No seu comércio de sucata, ele também vende outros produtos dependendo da ocasião. Uma vez tinha uma saca de arroz e um romeiro perguntou: Seu Lunga como tá o arroz?...

...Ele respondeu: Tá cru!!!!!!"

Analise da Letra "Eduardo e Mônica"

O falecido Renato Russo era, sem dúvida, um ótimo músico e um excelente letrista. Escreveu verdadeiras obras de arte cheias de originalidade e sentimento. Como artista engajado que era, defendia veementemente seus pontos de vista nas letras que criava. E por isso mesmo, talvez algumas delas excedam a lógica e o bom senso. Como no caso da música Eduardo e Mônica, do álbum "Dois" da Legião Urbana, de 1986, onde a figura masculina (Eduardo) é tratada como um MERDA ("Vc é um merda garoto um merda"- citação a Hermes e Renato) sempre como alienada e inconsciente, enquanto a imagem feminista (Mônica) é a portadora de uma sabedoria e um estilo de vida evoluidíssimos. analisemos o que diz a letra.

Logo na segunda estrofe, o autor insinua que Eduardo seja preguiçoso e indolente em resumo um MERDA "Eduardo abriu os olhos mas não quis se levantar, Ficou deitado e viu que horas eram" ao mesmo tempo que tenta dar uma imagem forte e charmosa à rapariga Mônica "enquanto Mônica tomava um conhaque noutro canto da cidade como eles disseram". Ora, se esta cena tiver se passado pela manhã como é bem provável, o vagabundo do Eduardo só estaria fazendo sua obrigação que era acordar. Já Mônica revelaria-se uma cachaceira profissional, pois virar um conhaque antes do almoço é só para quem conhece muito bem o ofício da cacharia ou da bebedagem.

Mais vamos em frente, vemos Russo desenhar injustamente a personalidade de Eduardo de maneira frágil e imatura "Festa estranha, com gente esquisita". Bom, "Festa estranha" significa uma reunião de porra-loucas e/ou pagodeiros atrás de qualquer bagulho para poderem fugir da realidade com a desculpa esfarrapada de que são contra o sistema. "Gente esquisita" é, basicamente, um bando de sujeitos que têm o hábito gozado de dar a bunda após cinco minutos de conversa. Enfim, esta era a tal "festa legal" em que Eduardo estava. O que mais ele podia fazer? Teve que encher a cara pra agüentar aquele pesadelo.

Assim temos "- Eu não estou legal. Não agüento mais birita". Percebe-se que o jovem Eduardo não está familiarizado com a rotina traiçoeira do álcool. É um garoto puro e inocente, com a mente e o corpo sadios. Bem ao contrário de Mônica, uma notória bêbada sem-vergonha underground, frequentadora do Mormaço.

Adiante, ficamos conhecendo o momento em que os dois protagonistas se encontraram "E a Mônica riu e quis saber um pouco mais Sobre o boyzinho que tentava impressionar". Vamos por partes: em "E a Mônica riu" nota-se uma atitude de pseudo-superioridade desumana de Mônica para com Eduardo. Ela ri de um bêbado inexperiente que porra é esta?! Mais à frente, é bom
esclarecer o que o autor preferiu maquiar. Onde lê-se "quis saber um pouco mais" leia-se "quis dar para"! É muita hipocrisia tentar passar uma imagem sofisticada desta tal Mônica.

A verdade é que ela se sentiu bastante atraída pelo "boyzinho que tentava impressionar"! É o máximo do preconceito leviano se referir ao singelo Eduardo como "boyzinho". Não é verdade. Caso fosse realmente um playboy, ele não teria ido se encontrar com Mônica de bicicleta que se chamava camelo, como consta na quarta estrofe "Se encontraram então no parque da cidade A Mônica de moto e o Eduardo de camelo". Se alguém aí age como boy, esta seria Mônica, que vai ao encontro pilotando uma ameaçadora motocicleta. Como é sabido, aos 16 "Ela era de Leão e ele tinha dezesseis" todo boyzinho já costuma roubar o carro do pai, principalmente para impressionar uma maria-gasolina maconheira e bebada como Mônica.

E tem mais: se Eduardo fosse mesmo um playboy, teria penetrado com sua galera na tal festa, quebraria tudo e ia encher de porrada o esquisitão mais fraquinho de todos na frente de todo mundo, não é verdade?

Na ocasião do seu primeiro encontro, vemos Mônica impor suas preferências(além de alcoolatra é mandona), uma constante durante toda a letra, em oposição a uma humilde proposta do afável Eduardo "O Eduardo sugeriu uma lanchonete Mas a Mônica queria ver filme do Godard". Atitude esta, nada democrática para quem se julga uma liberal.

Na verdade, Mônica é o que se convencionou chamar de P.I.M.B.A (Pseudo Intelectual Metido à Besta e Associados, ou seja, intelectuerdas, alternativos, cabeças e viadinhos vestidos de preto em geral), que acham que todo filme americano é ruim e o que é bom mesmo é filme europeu, de preferência francês, preto e branco, arrastado para caralho e com bastante cenas de baitolagem e homossexualida ou ate mesmo a periquitas das francesas que parece um tufo igual aqueles que as paquitas balançavam no finado programa da xuxa.

Em seguida Renato utiliza o eufemismo "menina" para se referir suavemente à Mônica "O Eduardo achou estranho e melhor não comentar. Mas a menina tinha tinta no cabelo". Menina? Pudim de cachaça seria mais adequado. Ainda há pouco vimos Mônica virar um Dreher na goela logo no café da manhã e ele ainda a chama de menina? Além disto, se Mônica pinta o cabelo é porque é uma balzaquina querendo fisgar um garotão viril. Ou então porque é uma baranga fuleira mesmo.

O autor insiste em retratar Mônica como uma gênia sem par. "Ela fazia Medicina e falava alemão" e Eduardo como um idiota retardado "E ele ainda nas aulinhas de inglês". Note a comparação de intelecto entre o casal: ela domina o idioma germânico, sabidamente de difícil aprendizado, já tendo superado o vestibular altamente concorrido para Medicina. Ele, miseravelmente, tem que tomar aulas para poder balbuciar "iéis", "nou" e "mai neime is Eduardo"! Incomoda como são usadas as palavras "ainda" e "aulinhas", para refletir idéias de atraso intelectual e coisa sem valor, respectivamente.

Na seqüência, ficamos a par das opções culturais dos dois "Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus, De Van Gogh e dos Mutantes, De Caetano e de Rimbaud". Temos nesta lista um desfile de ícones dos P.I.M.B.A., muito usados por quem acha que pertence a uma falsa elite cultural. Por exemplo, é tamanha uma pretensa intimidade com o poeta Manuel de Souza Carneiro Bandeira Filho, que usou-se a expressão "do Bandeira". Francamente, "Bandeira" é aquele juiz que fica apitando impedimento na lateral do campo. O sujeito mais normal dessa moçada aí cortou a orelha por causa de uma sirigaita qualquer. Já viu o nível, né? Só porra-louca de primeira. Tem um outro cara de peroba aí que tem coragem de rimar "Êta" com "Tiêta" e neguinho ainda diz que ele é gênio e depois de cantar com a voz tremida pra mim perdeu toda a pouca moral que tinha!

Mais uma vez insinua-se que Eduardo seja um imbecil acéfalo "E o Eduardo gostava de novela" e crianção "E jogava futebol de botão com seu avô". A bem da verdade, Eduardo é um exemplo. Que adolescente de hoje costuma dar atenção a um idoso? Ele poderia estar jogando videogame com garotos de sua idade, tentando espiar a empregada tomar banho pelo buraco da fechadura, ou ate fumando sua primeira maconinha. Preferia a companhia do avô em um prosaico jogo de botões! É de tocar o coração. E como esse gesto magnânimo foi usado na letra? Foi só para passar a imagem de Eduardo como um paspalho energúmeno que fica cheirando peido. É óbvio, para o autor, o homem não sabe de nada. Mulher sim, é maturidade pura.

Continuando, temos "Ela falava coisas sobre o Planalto Central, Também magia e meditação". Falava MERDA, isso sim! Nesses assuntos esotéricos é onde se escondem os maiores picaretas do mundo. Qualquer chimpanzé lobotomizado pode grunhir qualquer absurdo que ninguém vai contestar. Por que? Porque não se pode provar absolutamente nada. Vale tudo! É o samba do crioulo doido. E quem foi cair nessa conversa mole jogada por Mônica? Eduardo é claro, o bem intencionado de plantão. E ainda temos mais um achincalhe ao garoto "E o Eduardo ainda estava no esquema escola - cinema - clube - televisão". O que o Sr. Russo queria? Que o esquema fosse "bar da esquina - terreiro de macumba - sauna gay - delegacia"?? E qual é o problema de se ir a escola?!?

Em seguida, já se nota que Eduardo está dominado pela cultura imposta por Mônica "Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia, teatro, artesanato e foram viajar". Por ordem:
1) Teatro e artesanato não costumam pagar muito imposto.
2) Teatro e artesanato não são lá as coisas mais úteis do mundo.
3) Quer saber? Teatro e artesanato é coisa de viado!!!

Agora temos os versos mais cretinos de toda a letra "A Mônica explicava pro Eduardo Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar". Mais uma vez, aquela lengalenga esotérica que não leva a lugar algum. Vejamos: Mônica trabalha na previsão do tempo? Não. Mônica é geóloga? Não. Mônica é professora de química? Não. A porra da Mônica é alguma aviadora? Também não. Então que diabos uma motoqueira transviada meio lesbica pode ensinar sobre céu, terra, água e ar que um que um mosquito da dengue não saiba?

Novamente, Eduardo é retratado como um debilóide pueril capaz de comprar alegremente a Torre Eiffel após ser convencido deste grande negócio pelo papo mais furado do mundo. Santa inocência... Ainda em "Ele aprendeu a beber", não precisa ser muito esperto pra sacar com quem... é claro, com a campeã do alambique! Eduardo poderia ter aprendido coisas mais úteis, como o código morse ou as capitais da Europa, mas não. Acharam melhor ensinar para o rapaz como encher a cara de pinga. Muito bem, Mônica! Grande contribuição!

Depois, temos "deixou o cabelo crescer". Pobre Eduardo. Àquela altura, estava crente que deixar crescer o cabelo o diferenciaria dos outros na sociedade. Isso sim é que é ativismo pessoal. Já dá pra ver aí o estrago causado por Mônica na cabeça do iludido Eduardo.
Sempre à frente em tudo, Mônica se forma quando Eduardo, o eterno micróbio, consegue entrar na universidade "E ela se formou no mesmo mês em que ele passou no vestibular". Por esse ritmo, quando Eduardo conseguir o diploma, Mônica deverá estar ganhando o seu oitavo prêmio Nobel.

Outra prova da parcialidade do autor está em "porque o filhinho do Eduardo tá de recuperação". É interessante notar que é o filho do Eduardo e não de Mônica, que ficou de segunda época. Em suma, puxou ao pai e é burro que nem uma porta.

O que realmente impressiona nesta letra é a presença constante de um sexismo estereotipado. O homem é retratado como sendo um simplório alienado que só é salvo de uma vida medíocre e previsível graças a uma mulher naturalmente evoluída e oriunda de uma cultura alternativa redentora. Nesta visão está incutida a idéia absurda que o feminino é superior e o masculino, inferior. É sabido que em todas culturas e povos existentes o homem sempre oprimiu a mulher. Porém, isso não significa, em hipótese alguma, que estas sejam melhores que os homens(afinal como acredita num bicho que sangra uma vez por mês e não morre). São apenas diferentes. Se desde o começo dos tempos o sexo feminino fosse o dominador e o masculino o subjugado, os mesmos erros teriam sido cometidos de uma maneira ou de outra. Por que? Ora, porque tanto homens quanto mulheres e colunistas sociais fazem parte da famigerada raça humana. E é aí que sempre morou o perigo. Não importa que seja Eduardo, Mônica ou até... toninho, gil, Anderson, kiko, marcelo(s), fabyo, jorge, entre outros!

terça-feira, 8 de março de 2011

Sonhos de Carnaval

O amor se compõe do amor de dois, buscando o eterno equilibrio entre coração e corpo,

A balança entre um beijo tão ardente... e um sonho tão doce...

Pudera conseguir unir em uma so pessoa o prazer e sonho, mais disso nada se espera...

Unir o prazer e sonho numa rotação consumada, como exigir de Colombina a escolha tão severa???

Qual escolha seguir Sonho ou Prazer?

Pierrô... ou Alequim???

Um ser que fala do Céu... outro que fala da Terra.

E como definir o amor de Colombina??? a ambiguidade deste amor

A escolha de um, sendo que a procura eterna esta na união de dois

Um sonho doce de Pierrô e um Beijo ardente de Arlequim

Bruno Amaro

segunda-feira, 7 de março de 2011

Percebo agora nesta terra que o centro do meu universo esta em outro lugar, esta é a hora de rever planos neste mundo plano que não para de girar, num tempo relativo sem tempo perdido e sem tempo a perder.

Tudo pq num piscar de olhos tudo se transforma... ta vendo já passou!!! ao mesmo tempo que tudo acontece fica este sentimento do munto estar sempre igual, igualzinho ao que ja era.

O mais dificil realmente é a eterna guerrilha do coração, igual ao que já era... de onde menos se espera... dali mesmo é que não vem :D

Bruno Amaro

Solidão

Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer amor...
O nome disso é carência.
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar....
O nome disso é Saudade.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...
Isso é circustância
Solidão é mais que isso.
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma. FBH